quarta-feira, 22 de dezembro de 2010

Performance "Salvar os Ricos"



SALVAR OS RICOS foi o nome da segunda intervenção urbana, realizada no dia 25 de outubro, nas ruas do Leblon, partindo do Restaurante Garcia & Rodrigues as 9:00 em pequenos grupos, com um encontro marcado na Praça Antero de Quental as 10:00 para a Manifestação dos Ricos, que foi até o shopping Leblon. Nesta intervenção, que aconteceu 5 dias antes do segunda turno das eleições para Presidente, os performers, vestidos com roupas que transmitiam uma idéia de riqueza, desfilaram reivindicando questões tradicionalmente associadas as preocupações de ricos, como segurança e preservação do patrimônio (entre outros), lançando assim um olhar irônico sobre a falta de preocupação de determinados grupos a lutar contra a questão da desigualdade social. Munidos de cartazes e faixas como "Praias da Zona Sul, só para moradores e turistas" ou "Fome é coisa de pobre, diga sim à degustação", ou ainda "Sonegar não é crime: não usamos serviços públicos", os performers estabeleceram um diálogo irônico com os moradores e os convidaram para participar da manifestação. No final da ação, os cartazes permaneceram em alguns pontos estratégicos do Leblon. Partindo de um conceito de "Manifestações de direita", desenvolvido pelos franceses Fred Tousch et Philippe Nicolle e do qual muitos coletivos e artistas de rua se apropriaram, a performance "Salvar os Ricos" buscou provocar uma reflexão sobre o egoísmo social de certas reivindicações antes do dia crucial das eleições, mantendo uma ambigüidade constante sobre a veracidade de tais reivindicações.

terça-feira, 30 de novembro de 2010


quinta-feira, 18 de novembro de 2010 7:00



A vez da arte contemporânea



Ângela Corrêa



0 comentário(s)



Pode até haver gente decepcionada por não ter conseguido um lugar na plateia de grandes performances como as de Lou Reed, do duo dinamarquês The Raveonettes, do jazzista norte-americano Ornette Colemann e da inusitada dupla formada por Michael Rother (ex-Kraftwerk) e Steve Shelley (Sonic Youth) que passarão pela Capital até o fim do mês. Mas a ''Mostra Sesc de Artes 2010'', evento que abre hoje e no qual esses artistas se apresentarão, não é feito apenas dessas atrações - responsáveis por fazer os ingressos se vaporizarem em pouquíssimos minutos assim que as vendas começaram, há duas semanas.


da restam outras 58 opções de altíssima qualidade para encher os olhos de qualquer ‘culturete''. A programação, que contempla artes visuais, cinema, dança, literatura, música, teatro, se concentrará em 15 unidades do Sesc, incluindo as obras dos Sescs Avenida Paulista, Bom Retiro e 24 de Maio, até o dia 28. O foco é a produção contemporânea de artistas brasileiros e estrangeiros.
Os Sescs do Grande ABC - em Santo André e São Caetano - não estão integrados ao evento. As unidades mais próximas são Ipiranga e Vila Mariana.


Depois de ''In on It'', o diretor Enrique Diaz se dedica agora à montagem ''Otro (or) weknowitallornothing'', desenvolvida pelo Coletivo Improviso. O espetáculo fica em cartaz entre os dias 24 e 25, no Sesc Pinheiros.


O projeto ''Barulho'', no qual se apresentam Lou Reed e The Raveonettes, se debruça também sobre a produção musical da Itália, com apresentações do grupos Splinter vs Stalin, no dia 23, e Crash Trio, no dia 24, sempre no Sesc Santana.
Na área de literatura, o destaque é a performance ''Banquete de Platão'', com o coletivo Heróis do Cotidiano. O grupo se inspira na obra do pensador grego para realizar uma grande fusão de poesia, intervenção urbana e artes plásticas. As apresentações são gratuitas e serão realizadas entre os dias 26 e 28. O diferencial é que o grupo também vai levar a obra às ruas da Capital, incluindo o Largo de São Francisco e a Rua dos Patriotas, no Ipiranga.


Mostra Sesc de Artes 2010 - De hoje ao dia 28. Em 15 unidades do Sesc. Mais informações pelo site www.sescsp.org.br/mostra


http://www.dgabc.com.br/News/5841635/a-vez-da-arte-contemporanea.aspx

Mostra SESC DE ARTES

A arte contemporânea mostra suas facetas em 62 projetos culturais. São produções artísticas nacionais e internacionais em 15 unidades do Sesc

De 18 a 28 de novembro de 2010

Do músico Ornette Colemann ao artista  multimídia Felix Thorn, do grupo Intrépida Trupe ao artista plástico chinês Li Wei, do coletivo alemão do show Hallogallo aos portugueses Ana Borralho e João Galante, passando pelos holandeses da peça C´est du Chinois e por Enrique Diaz e Cristina Moura do espetáculo Otro, a programação é variada. Durante 10 dias diversas formas de manifestações artísticas tomam conta de 15 unidades do Sesc e espaços da Capital. Atrações criadas a partir das áreas de teatro, música, literatura, dança, artes visuais e artemídia provocam o público e trazem o hibridismo na arte contemporânea
Norteada pelos critérios da inovação e da resistência, durante 10 dias a Mostra SESC de Artes  fará pulsar a cultura em 15 unidades do SESC - 11 unidades, o Sesc TV e as ações nos tapumes dos canteiros de obras dos SESCs Av Paulista, Bom Retiro e 24 de Maio. De 18 a 28 de novembro,  o SESC-SP enfatiza a produção artística contemporânea. A programação de 2010 reúne shows, espetáculos, intervenções, oficinas e instalações.
Ao todo são 62 projetos. Entre as atrações estão a estreia do espetáculo Otro, dirigido por Enrique Diaz e Cristina Moura; a banda americana Lou Reed's Metal Machine Trio: MM3. Sem Canções e Sem Vocais, de Lou Reed; o Projeto Coleções, da Intrépida Trupe, o artista multimídia Felix Thorn, que desenvolve esculturas que produzem música; e o Hallogallo 2010, formado por Michael Rother (ex-Kraftwerk) e Steve Shelley (Sonic Youth), Benjamin Curtis e Aaron Mullan.
A Mostra SESC de Artes deste ano intensifica o recorte da linguagem do hibridismo na arte contemporânea e apresenta projetos agrupados para dialogar entre si. Estimular indefinições e suspensões em relação às gavetas em que costumamos encaixar nossos costumes, nossa vida, nossa convivência e nossa arte é um dos objetivos desta edição.
Com curadoria da equipe de técnicos SESC SP, a programação foi pautada, entre outros critérios, pela: "relativa definição do sujeito na realização artística (a participação direta do público, público versus artista), arte enquanto ação (relacionando corpo, política e estética), proposta de zonas de desconforto para a plateia e pela relação direta entre a vida cotidiana e as manifestações artísticas contemporâneas". Os projetos podem ser amarrados a partir da identificação de um dos eixos conceituais que norteiam a pesquisa curatorial.
De acordo com o diretor regional do SESC São Paulo, Danilo Santos de Miranda, “ao apresentar trabalhos com limites indefinidos, as atividades da Mostra SESC deste ano ampliam as possibilidades de o espectador perceber como a arte contemporânea cada vez mais dilui fronteiras e o inclui como parte do acontecimento artístico”.
Destaques na programação
No segmento da arte e da performance, destaque para a instalação dos portugueses Ana Borralho e João Galante, que apresentam a obra World of Interiors, inserida no mundo das artes performáticas. Os seus trabalhos, sempre híbridos, cruzam os mundos das artes plásticas e da performance, numa pesquisa desenvolvida ao longo de anos de uma forma madura e consistente.
Os também portugueses Fernando Nabais e Fernando Galrito exploram a interatividade com TXT, uma obra performativa mediada por várias tecnologias sensoriais, que explora formas de linguagens artísticas transversais contemporâneas. O resultado é um vocabulário singular que se articula fisicamente, por intermédio de paisagens sonoras interativas, composições visuais e coreografia em tempo real, as quais representam um manancial de expressões artísticas que sustentam a intenção dramatúrgica.
Em World of Interiors o público é confrontado com uma imagem inquietante: pessoas deitadas no chão, de olhos fechados e sem movimento aparente. Os seus pertences, espalhados pela sala. Aparentemente, nada acontece no exterior. Perante este vazio é exigida uma ação dos visitantes, uma aproximação, um toque, um avanço na intimidade dos corpos, uma proximidade entre as pessoas e os performers, para que se dê uma partilha deste mundo interior. Nessa intimidade, público e artistas são interceptados por trechos de textos de Rodrigo Garcia, sussurrados. Ao fundo, música de Mahler. http://vimeo.com/13202066
Nas artes cênicas, vem da Holanda C´est du Chinois, com direção de Edit Kaldor (Bélgica).  A peça – cujo título em Português poderia ser “Isto para mim é grego” (ou literalmente “...é chinês”), indicativo de algo impossível de entender – apresenta a família Yao-Lu, vinda de Shangai. Qual o objetivo? Gravar e vender dvd-rooms interativos para pessoas focadas no futuro e que querem se iniciar na aprendizagem do Mandarim. Isso mesmo, a encenação é em chinês! A performance é uma ocasião para a família promover o seu novo produto, de forma a alargar o seu círculo de potenciais clientes. http://www.ltsmetaal.nl/movies/ChinoisInt03.htm
Depois de apresentações pela Europa e Japão, o coletivo carioca Grupo Improviso aterrissa em São Paulo com seu OTRO (or) weknowitsallornothing _ uma investigação sobre identidade e alteridade e sobre como estes dois conceitos são inseparáveis. Uma experiência coletiva sobre estar vivo hoje, sobre convivência, sobre diferença, sobre afeto e sobre os limites entre o eu e o resto, o que não é “eu”. Dirigido por Enrique Diaz e Cristina Moura, o espetáculo é composto por cenas fragmentadas, não convencionais, que mesclam relatos, vídeos, música em cena, atores, cenas cotidianas.
"A pesquisa inicial para o espetáculo foi feita por meio de residências artísticas pelas ruas de lugares como a Praça XV, Taquara e Lapa, no Rio de Janeiro. Por lá investigamos a relação do olhar de figuras da cidade com o entorno urbano, processando esses materiais com vários tipos de articulação cênica. O que acontece em cena é o embate destes artistas com estes materiais, com eles mesmos, com os outros “atores” da cena, com o palco, com o público e com o evento milagroso de estar vivo hoje. Um salto no vazio... Um depoimento incompleto, errático, da vida de hoje", explicam os diretores Enrique Diaz e Cristina Moura.
A cena paulistana da musica eletrônica e rock ganha brilho com a performance show Hallogallo 2010. O multiinstrumentista alemão Michael Rother (ex-Kraftwerk) revisita neste trabalho, com um grupo de músicos convidados, o repertório da banda NEU!, da qual foi fundador, nos anos 1970, e com quem lançou três LPs. O NEU!  surgiu da união de Michael Rother e Klaus Dinger após deixarem a legendária  banda alemã. Com cinco álbuns gravados, o grupo  foi e é referência para diversos grupos e artistas, como  David Bowie, Hawkwind, Iggy Pop, DEVO,  Radiohead e U2, entre outros.  Hallogallo 2010, capitaneada por Michael Rother  e Steve Shelley (Sonic Youth), Benjamin Curtis e Aaron Mullan, revisita  os álbuns anteriores. www.hallogallo2010.com/michaelrother.de
O show do veterano saxofonista americano Ornette Coleman e banda (EUA) é mais um destaque da programação. Dos mais relevantes músicos de jazz da atualidade, é considerado o fundador do free jazz, estilo que provocou uma ruptura nos padrões musicais estabelecidos no gênero até os anos 1950.
O projeto Barulho, recorte da Mostra Sesc de Artes, apresenta um panorama contemporâneo de artistas cujos trabalhos estão centrados no uso criativo de uma estética barulhenta. Entre as atrações estão  Patife Band e Arrigo Barnabé e o LOU REED'S METAL MACHINE TRIO: MM3. SEM CANÇÕES E SEM VOCAIS (EUA), projeto de Lou Reed, baseado em seu controverso Metal Machine Music, LP lançado em 1975.

INFORMAÇÕES GERAIS

Venda de Ingressos - Os ingressos para todas as atividades podem ser adquiridos na Administração Central do Sesc SP e em quaisquer unidades no Estado de São Paulo. Consulte o horário de funcionamento da bilheteria nas unidades.
Mais informações sobre a programação: www.sescsp.org.br/mostra

PROGRAMAÇÃO COMPLETA

MOSTRA SESC DE ARTES 2010


BANQUETE DE PLATÃO
Com Coletivo de Performance Heróis do Cotidiano.
Performance urbana inspirada em O Banquete, de Platão. O Coletivo Heróis do Cotidiano interage com o público em um grande banquete instalado em local público, caracterizado pelo fluxo intenso de pessoas. À mesa são oferecidos diversos tipos de alimentos como proposta de aproximação entre os Heróis e as pessoas em trânsito. Falar sobre o amor com os performers é a condição para fazer parte do banquete. As ações do Coletivo fundem intervenção urbana, teatro, poesia e artes plásticas para criar uma dimensão poética em espaços urbanos funcionalizados, com o propósito de re-significar espaços  públicos e potencializar os afetos. Em 2009, o Coletivo recebeu o Prêmio Artes Cênicas nas Ruas, da FUNARTE.
Dia 26 de novembro.  Sexta, 17h. Largo de São Francisco, Centro
Dia 27 de novembro. Sábado, 16h. SESC Pinheiros
Dia 28 de novembro. Domingo, 10h. Rua dos Patriotas, Ipiranga.
Livre. Grátis.

 http://www.nossadica.com/mostra-sesc-de-arte-2010.php

sexta-feira, 29 de outubro de 2010

Poder da Invisibilidade, Cidade Criativa, 09/10/2010.

Tornar o invisível, visível. Porque "a arte é um captador de forças invisíveis" (Deleuze).






terça-feira, 26 de outubro de 2010

Performance "(des)Necessitados" - PUC, Rio, 26/11/2010

PERFORMANCES
Parceria CAU PUC-Rio e Escola de Teatro Uni-Rio

Com interesse nas práticas de intervenções urbanas, esse módulo surgiu a partir de uma parceria entre CAU PUC-Rio e Escola de Teatro da UniRio, dando espaço à intervenções de coletivos sediados na UniRio que realizam performances no espaço urbano.
Após as performances, o trabalho dos coletivos (Heróis do Cotidiano e Líquida Ação) será exposto e debatido em uma mesa redonda.


Performance (Des)necessitados – Coletivo Heróis do Cotidiano
26 TERÇA
10h às 12h – Pilotis Kennedy

Feira da troca. A performance consiste em coletar, reunir e doar objetos sem uso há mais de 3 meses. Os objetos estarão disponíveis a quem se interessar com a condição de prestar um depoimento diante da câmera, respondendo à pergunta: "Porquê você precisa realmente deste objeto?". Os depoimentos são, em seguida, editados, gerando um vídeo que aborda a questão do consumismo e de nossas necessidades reais e inventadas.



MESA PERFORMANCE
29 SEXTA
IMA3 15h às 17h

CENA-RIO
Espaço urbano e artes cênicas. Tempo-performance, Tempo-cidade. Indivíduo e coletivo; ação, situação, participação.

Lidia Kosovski – mediação
Eloisa Brantes
Tânia Alice

Performance "Salvar os Ricos"


Treinamento para o Performer: Ativismo Poético é o nome do curso que o Coletivo de Performance HERÓIS DO COTIDIANO está ministrando na UNIRIO, às segundas-feiras. Sob coordenação da profª Drª Tania Alice, professora do Departamento de Teoria do Teatro, o curso é voltado para os alunos da Escola de Teatro da UNIRIO e tem como objetivo inserir o aluno numa prática artística realizada em espaços urbanos públicos, com um enfoque na questão do ativismo poético. Dialogando com as teorias da “estética relacional” elaboradas pelo crítico de arte francês Nicolas Bourriaud, o curso se desenvolve pela criação coletiva de situações de convivência extra-cotidianas. Os 30 alunos matriculados no Curso irão realizar 4 ações performáticas nas ruas da cidade do Rio de Janeiro, ações estas que se articulam em torno de quatro eixos temáticos: ecologia, consumo, economia solidária, relações interpessoais.





SALVAR OS RICOS é o nome da segunda intervenção urbana a ser realizada no dia 25 de outubro, nas ruas do Leblon, partindo do Restaurante Garcia & Rodrigues as 9:00 em pequenos grupos, com um encontro marcado na Praça Antero de Quental as 10:00 para a Manifestação dos Ricos, que irá até o shopping Leblon. Nesta intervenção, que acontece 5 dias antes do segunda turno das eleições para Presidente, os performers, vestidos com roupas que transmitem uma idéia de riqueza, irão desfilar reivindicando questões tradicionalmente associadas as preocupações de ricos, como segurança e preservação do patrimônio (entre outros), lançando assim um olhar irônico sobre a falta de preocupação de determinados grupos a lutar contra a questão da desigualdade social. Munidos de cartazes e faixas como "Praias da Zona Sul, só para moradores e turistas" ou "Fome é coisa de pobre, diga sim à degustação", ou ainda "Sonegar não é crime: não usamos serviços públicos", os performers irão estabelecer um diálogo com os moradores e chamá-los para participar da manifestação. No final da ação, os cartazes irão permanecer em alguns pontos estratégicos do Leblon. Partindo de um conceito de "Manifestações de direita", desenvolvido pelos franceses Fred Tousch et Philippe Nicolle e do qual muitos coletivos e artistas de rua se apropriaram, a performance "Salvar os Ricos" busca provocar uma reflexão sobre o egoísmo social de certas reivindicações antes do dia crucial das eleições, mantendo uma ambigüidade constante sobre a veracidade de tais reivindicações.

Contatos:
Coletivo Heróis do Cotidiano:
Gilson Motta 8290-3802 e 3798-5406. Mail: mottagilson@oi.com.br
Tania Alice - 8748-1475 e 3798-5406 . Mail: taniaalice@hotmail.com.
Membros do coletivo Heróis do Cotidiano: Gilson Motta, Jarbas Albuquerque, Larissa Siqueira, Marcio Vito, Tania Alice.
O Coletivo é parte integrante de um projeto de pesquisa teórico-prático desenvolvido na UNIRIO pela Profa. Dra. Tania Alice.

Performance "Rio Branco"


Treinamento para o Performer: Ativismo Poético é o nome do curso que o Coletivo de Performance HERÓIS DO COTIDIANO está ministrando na UNIRIO, às segundas-feiras. Sob coordenação da profª Drª Tania Alice, professora do Departamento de Teoria do Teatro, o curso é voltado para os alunos da Escola de Teatro da UNIRIO e tem como objetivo inserir o aluno numa prática artística realizada em espaços urbanos públicos, com um enfoque na questão do ativismo poético. Dialogando com as teorias da “estética relacional” elaboradas pelo crítico de arte francês Nicolas Bourriaud, o curso se desenvolve pela criação coletiva de situações de convivência extra-cotidianas. Os 35 alunos matriculados no Curso irão realizar 4 ações performáticas nas ruas da cidade do Rio de Janeiro, ações estas que se articulam em torno de quatro eixos temáticos: ecologia, consumo, economia solidária, relações interpessoais.

RIO BRANCO é o nome da primeira intervenção urbana a ser realizada no dia 20 de setembro às 8:30 hs da manhã, nas ruas do centro da cidade (partindo do MAM e atravessando a cidade até a Rio Branco e a Cinelândia, passando pela Praça XV). Nesta intervenção,  que acontece durante a Semana Nacional sem carro, cerca de 30 performers  estarão vestidos de branco e caracterizados como seres extra-ordinários concebidos e realizados por cada um dos performers.  O desfile tem por meta de tornar o ciclista visível num transito que muitas vezes se organiza de forma a ignorá-lo. O branco, por si, visa a criar um fluxo branco dentro da avenida Rio Branco, transmitindo ao mesmo tempo paz, serenidade e poesia dentro do caos ambiente. Inserindo o elemento imaginário e poético no cotidiano, os seres extra-ordinários farão ações sobre bicicletas em alguns dos principais cruzamentos da Av. Rio Branco, alertando para a necessidade de uma maior utilização de bicicletas como forma de transporte alternativo, não poluente, saudável e que contribui para resolver os problemas do trânsito nas grandes cidades, além de propor uma temporalidade diferente para as relações humanas que, no trânsito, são tantas vezes marcadas pelo desrespeito e violência.  RIO BRANCO é uma ação que busca evidenciar o ciclista em um espaço que não é próprio para ele, criando linhas de fuga para além do espaço urbano funcionalizado, condensado e voltado para os automobilistas.

domingo, 27 de junho de 2010

Banquete de Platao na Praia de Copacabana

No domingo, dia 27 de junho, o Coletivo Heróis do Cotidiano, com ajuda dos alunos do treinamento "treinamento para o performer" ministrado na UNIRIO, organizaram o Banquete de Platao na Praia de Copacabana. Durante duas horas e meia, quem quisesse tomar café da manha com o Coletivo ao som de música tocada e cantada por Rodrigo  Reinoso, Maria Clara e vários outros membros do treinamento, podia pedir frutas, sanduiches, café com e sem leite, sucos, biscoitos, bolos e "outras coisas que derretem", gratuitamente. Um espaço de convivência instalado para conversar sobre o Amor. O que é o amor? Que diferentes tipos de amor conhecemos? O que vale a pena na vida? Partindo de frases de Platao, como "Só pelo amor o homem se realiza plenamente" ou "Nao há ninguém, mesmo sem cultura, que nao se torne poeta quando o Amor toma conta dele", vivenciamos uma troca de idéias e experiências riquissimas.
Obrigado à cada um dos alunos da Oficina que participaram do treinamento.
Obrigado à todos os transeúntes que pararam para compartilhar com a gente tempo, experiências de vida, esperanças e.... amor.


terça-feira, 1 de junho de 2010

artigo sobre os Heróis do Cotidiano no Canadá

Communiqué – Pour diffusion immédiate

JEU 135 – Subversion
Sous la direction de Catherine Cyr


31 mai 2010 – L’équipe de JEU a le plaisir de vous inviter au lancement de son tout dernier numéro le mercredi 9 juin à 17h à la Maison Théâtre, 245, rue Ontario E., Montréal. Le lancement précédera la représentation de la pièce Sonia, du Nouveau Théâtre de Riga, présentée à l’occasion du FTA.

À l’heure où toutes les révolutions scéniques semblent avoir déjà eu lieu, la subversion est-elle encore pensable ? Possible ? Dans ce dossier, théoriciens et praticiens du théâtre, de la danse et de la performance se penchent sur cette épineuse question.

En guise de prélude, une Carte blanche a été accordée aux auteurs Olivier Choinière et Olivier Kemeid, lesquels signent le dialogue dramatique « Faites-vous un théâtre subversif ? ». Barbara Métais-Chastanier ouvre ensuite le dossier en se penchant sur les « subversions silencieuses » chez Rachid Ouramdane, Claude Schmitz et Michel Vinaver. « Dans les mots, la subversion », par Raymond Bertin, nous entraîne du côté des univers dramatiques d’Evelyne de la Chenelière, de Jovette Marchessault et de Suzanne Lebeau. Pour sa part, Gilbert Turp s’intéresse à la provocation. Suivent deux comptes rendus critiques : Hélène Jacques analyse l’enrobage médiatique de la pièce Rouge gueule alors que Catherine Cyr rend compte de la « beauté subversive » qui émane de la pièce l’Amour incurable. Avec « Oser la pensée », Alexandre Cadieux propose une synthèse de l’événement Humeurs et réflexions, décoiffante soirée de lectures organisée par Brigitte Haentjens et Christian Lapointe. Incisif, le texte livré par Guy Beausoleil s’interroge sur diverses dérives de la subversion. Suivent deux textes sur la danse : Dave St-Pierre réfléchit sur son désir de « désarmer le spectateur », tandis que Katya Montaignac explore la sensorialité du spectateur. Pour sa part, Sylvie Roque aborde les oeuvres de Rodrigo García et de Yann Marussich. Enfin, Tania Alice réfléchit sur les renversantes « actions urbaines » posées par le collectif brésilien Héros du Quotidien.

Aussi dans ce numéro
En plus des habituelles critiques de spectacles, on trouve dans ce numéro un hommage à la créatrice de marionnettes Micheline Legendre signé par André Laliberté. On peut également lire une chronique d’Étienne Bourdages sur la saison toute québécoise de la Compagnie Jean-Duceppe. Gilles Marsolais livre un élogieux compte rendu de l’ouvrage la Culture en soi de Gilbert Turp, alors que Tamar Tembeck se penche sur le corps souffrant chez Bob Flanagan et Dave St-Pierre. Enfin, les profils de Fabien Cloutier, Simon Boulerice et Marius von Mayenburg complètent ce numéro.
 


Jeu 135, en vente dans les Maisons de la presse, en librairie et à nos bureaux à compter du 11 juin 2010
184 pages, 100 photos, 16 $
Pour renseignements : 514-875-2549

Jeu remercie le Conseil des arts et des lettres du Québec, le Conseil des arts du Canada,
le Conseil des arts de Montréal et Patrimoine canadien, Fonds du Canada pour les magazines

quinta-feira, 27 de maio de 2010

O CCBB RJ apresenta de 21 de maio a 18 de julho, a exposição Rebecca Horn – Rebelião em Silêncio, com obras que mostram toda a poética multidisciplinar da artista, que congrega arte cinética, lirismo e performance de um modo único.  

Dialogando com esta temática,  dia 29 de maio, sábado, às 10h, o CCBB Educativo realiza o Arte-Papo, mesa redonda com o tema Performance – um entrelugar para as Artes Cênicas e Artes Visuais, em que as pesquisadoras e artistas convidadas, Daniella Mattos e Tania Alice, discutem como as semelhanças e diferenças da linguagem da performance nas Artes Visuais e nas Artes Cênicas.

O encontro é voltado para educadores, artistas e demais públicos afins. As inscrições feitas por telefone ou pessoalmente:

CCBB Educativo
Rua Primeiro de Março, 66, Centro – Primeiro Andar – Rio de Janeiro
Tel.: (21) 38082070 – 38082254

Até lá,

Equipe CCBB Educativo RJ

terça-feira, 25 de maio de 2010

Medit-açao na Rodoviária Novo Rio, 25/05, as 12:00

Meio dia em ponto, chegamos na Rodoviária Novo Rio para meditar.
Assim que os primeiros Heróis sentaram, os primeiros anti-Heróis se aproximaram.
Que potência reside no fato de nao se fazer nada?
Os anti-heróis ameaçaram "arrastar" os heróis fora da Rodoviária. Fomos instruidos do fato de que dentro da rodoviária, pode-se meditar sentado em cima de uma cadeira, ou entao em pé. Mas nao se pode meditar sentado no chao. Quando perguntamos porquê, nos foi dada a resposta de que um carrinho poderia nos atropelar.
Comovidos com tanta preocupaçao, resolvemos sair da rodoviária (espaço público E privado) e olhar para a rodoviária. Sentir perceber respirar.
Sentamos em frente da entrada principal e meditamos.
Ouvimos muitos insultos, muitos gritos. Alguns simpatisantes vieram sentar perto, fingindo meditar. A vocaçao do herói é tirar foto. Tiramos fotos, tiramos tempo, tiramos dúvidas. A principal subsiste:
porque parar gera tanta agressividade?
porque devemos correr?
pra onde?
com quem?
por quê?
Próxima medit-acao na Praça Cruz Vermelha. Vamos descobrir.
TA
(fotos: vanessa reis)

terça-feira, 18 de maio de 2010

Convite para MEDIT-açao performática 4


O que é?
Isto é o convite para participar de uma medit-açao performática.
A medit-acao performática acontece todo dia 25 do mês no Rio de Janeiro.
Esta é a quarta  meditaçao, após as três primeiras no Largo da Carioca, no Largo do Machado e no Jardim Botânico.
Um flash-mob prolongado.
Uma alteraçao do eixo espaço-tempo.
Uma respiraçao diferenciada, que conduz a uma percepçao alterada.
Iremos nos sentar no chao, em posiçao de meditacao, e meditar. 
Só isso. Sua presença é fundamental.

Quando? Onde?

Terça-feira, dia 25 de maio, as 12:00 horas, no segundo andar da RODOVIARIA NOVO RIO.
E possível chegar atrasado, se sentar e participar. E possível ficar mais tempo do que o tempo estipulado.

O que faremos?

Simplesmente sentar e meditar. Sentar com as pernas cruzadas, com os olhos abertos.
Fixamos um ponto e estabilizamos a mente. Paramos de reagir de forma condicionada.
Ampliamos nossa liberdade. Nos apropriamos o espaço público. Nao fingimos que meditamos. Meditamos mesmo. Percebemos o que acontece à nossa volta. Mas nao reagimos.
E possível...

Quem?

No Rio de Janeiro, esta açao faz parte de um conjunto de açoes desenvolvidas pelo Coletivo de Performance "Heróis do Cotidiano", que foi contemplado em 2009 pela FUNARTE com o Prêmio Artes Cênicas nas Ruas.

Porém, além deste grupo, a iniciativa é uma iniciativa coletiva, de todos que querem paz, luz e que acreditam também que o espaço publico nao precisa ser funcionalizado. Pertence a todos nós.
Portanto, todo mundo está convidado.

Apoiadores no Rio de Janeiro:
www.unirio.br
www.cebb.org.br
www.falundafa.pro.br

Participem dessa experiencia!
Quem quiser documentar (fotografar, filmar) será igualmente bemvindo.

Por favor, divulgem este e-mail para todos os seus conhecidos. 
Quanto mais gente, mais interessante será!!!

Informaçoes: heroidocotidiano@gmail.com

quarta-feira, 12 de maio de 2010

Heróis do Cotidiano no programa Mais Você

http://maisvoce.globo.com/MaisVoce/0,,MUL1592562-10345,00-CONHECA+ALGUNS+HEROIS+DO+COTIDIANO+QUE+DAO+EXEMPLO+DE+CIDADANIA.html

Heróis do Cotidiano no programa Mais Você

1/05/2010
Heróis do Cotidiano no programa Mais Você

Na manhã desta quarta-feira, dia 12 de maio, o coletivo Heróis do Cotidiano participará do programa Mais Você, apresentado por Ana Maria Braga, na Rede Globo, às 8h. Formado pela Profa. do Departamento de Teoria do Teatro da UNIRIO Tania Alice, pelos alunos Márcio Vito, Larissa Siqueira e Jarbas Albuquerque e pelo Prof. de Teatro da UFRJ Gilson Motta, o grupo falará sobre as ações e objetivos dos Heróis do Cotidiano, que desenvolve uma série de intervenções nas ruas do Rio de Janeiro, com o objetivo de mostrar que atos heroicos podem ser praticados por pessoas comuns.

Com figurinos de super-heróis, os Heróis do Cotidiano já escovaram os dentes da estátua de Getúlio Vargas, faxinaram as estátuas da Cinelândia, intervindo em um problema de saneamento básico no Centro, deitaram ao lado de moradores de rua e organizaram uma meditação coletiva em locais como o Largo da Carioca e o Jardim Botânico do Rio de Janeiro.

Partindo da percepção de que, atualmente, o heroísmo nas ações do cotidiano vem sendo estimulado por diversos setores da sociedade e da constatação de que vivemos cercados de heróis e pseudo-heróis que nos são por vezes impostos pela História e pela mídia, o grupo elaborou uma série de ações performáticas a serem realizadas nas ruas do Rio de Janeiro, ações que questionam o sentido do heroísmo na contemporaneidade. A partir destas intervenções, que estão sendo registradas em vídeo, surgiu a vontade de realizar um documentário sobre as ações heroicas, e que se apresenta não como um registro das intervenções, mas como uma intervenção independente, elaborada a partir do material coletado. A proposta é fazer um material no formato docu-drama, filmado por Antonio Pessoa, ex-aluno da UNIRIO, e que mescla ficção com o material coletado.

A Profa. Dra. Tania Alice está desenvolvendo o projeto de pesquisa intitulado "Herói e sacrifício da Grécia Antiga até a Contemporaneidade: performance e dramaturgia a partir do mito de Ifigênia" na UNIRIO e, no próximo dia 19 de maio, lançará o livro “Performance.ensaio: des[montando os clássicos”, na Livraria da Travessa do Centro, a partir das 18h. Na ocasião, haverá a estreia do documentário “Heróis do Cotidiano”, do diretor Antônio Pessoa, e a apresentação de três performances teatrais. O evento ainda contará com um momento de “open-space performático”, criado com o objetivo de que outros encenadores possam demonstrar seus trabalhos para o público.
 
Fonte: www.unirio.br

sexta-feira, 7 de maio de 2010

Treinamento para o performer na UNIRIO: Meditaçao Tibetana e View Point

Fotos do treinamento ministrado na UNIRIO pelos Heróis do Cotidiano para 15 artistas/alunos da UNIRIO.

Concepçao e conduçao do treinamento: O Coletivo
Técnica de View Points: Jarbas Albuquerque (Bolsista de Iniciaçao Artística)
Registro (fotografia): Vanessa Augusta (Bolsista de Iniciaçao Artística)
Meditaçao e orientaçao dos bolsistas: Tania Alice 

Seminário Boa Praça
Dia 13 de maio, às 19h, na Praça do Teatro Ziembinski / Tijuca
Exibiçao do documentário "Heróis do Cotidiano" de Antônio Pessoa
Mesa - A Arte É Da Rua.
Convidados - Tania Alice, Licko Turle, Juliana Manhães e André Garcia Alvez
Mediação - Rosyane Trotta
 

quarta-feira, 28 de abril de 2010

Lançamento de livro & Estréia de documentário

Lançamento no dia 19 de maio, na Travessa do Ouvidor, do Livro "Performance.Ensaio - Des[Montando os Clássicos" de Tania Alice
18:30

Estréia do documentário "Heróis do Cotidiano" (20 min) de Antônio Pessoa, com presença do diretor

Performances: Heróis do Cotidiano, "Livre-OS #01"
                        Eléonore Guisnet-Meyer (França), "oui... pourquoi pas!!"
                         Nívea Magno, "cOrpOéticO"

+ open-space performático (venha e faça sua performance)

terça-feira, 27 de abril de 2010

MEDIT-ação performática 3, jardim botânico

foto: vanessa augusta

(10 min antes do final, um guarda mandou interromper o "procedimento" - mas fora isso e os insetos, foi bom interessante)

terça-feira, 20 de abril de 2010

quarta-feira, 7 de abril de 2010

APRESENTAÇÃO DO COLETIVO DE PERFORMANCE HERÓIS DO COTIDIANO

Em maio de 2009, um coletivo de cinco artistas cênicos se reuniu a fim de realizar uma pesquisa acerca do universo do Herói na Contemporaneidade.

Durante o processo de pesquisa, o Coletivo começou a elaborar uma série de performances e de intervenções urbanas com o objetivo de atualizar o questionamento sobre o heroísmo. Deste encontro surgiu o COLETIVO de PERFORMANCE HERÓIS DO COTIDIANO, formado por Gilson Motta, Jarbas Albuquerque, Larissa Siqueira, Marcio Vito e Tania Alice. Atualmente, esta pesquisa é parte integrante de um projeto de pesquisa desenvolvido por Tania Alice, doutora em Artes pela Universidade de Aix-Marseille I e professora de Dramaturgia, Performance e Teoria do Teatro na Escola de Teatro da Universidade Federal do Estado do Rio de Janeiro UNIRIO.

As performances, que fundem Teatro, Dança, Poesia, Intervenção Urbana e Artes Plásticas, propõem uma reflexão sobre o espaço público, partindo da perspectiva de que toda arte é relacional, isto é, ela se constrói a partir da relação com o outro em seu contexto. O foco das performances é gerar uma densidade poética em espaços funcionalizados, re-territorializando e potencializando os afetos e os fluxos, privilegiando ações efêmeras, coletivas e poéticas, em várias regiões do espaço urbano. As ações possuem um teor político no sentido de conduzir à uma reflexão sobre o cotidiano, os condicionamentos e os valores em vigor, propondo formas alternativas de ação e reação aos dispositivos sociais.

Um desses condicionamentos dizia respeito diretamente à figura do Herói. As reflexões e intervenções iniciais nos levaram à constatação de que, atualmente, o heroísmo nas ações do cotidiano vem sendo estimulado por diversos setores da sociedade; vivemos cercados de heróis e pseudo-heróis que nos são por vezes impostos pela História e pela mídia. As intervenções questionam e repensam estes mitos acerca do Herói, gerando novas possibilidades de leitura e de atuação do Herói e buscando identificar as formas de heroísmo contemporâneo. 

Em 2009, Coletivo recebeu o PRÊMIO ARTES CÊNICAS NAS RUAS, da FUNARTE, e atualmente, a Liga de HCs (Heróis do Cotidiano) vem executando uma série de intervenções, como as entrevistas “Em busca do herói cotidiano”, faxinas nas estátuas ou monumentos de personalidades e/ou Heróis Nacionais; ações de ajuda do Herói na Cidade, em diversos espaços públicos da cidade do Rio de Janeiro, como a Cinelândia, a favela de Dona Marta, a praça da Glória, a Central do Brasil, o Largo do Machado, entre outros. Estas ações performáticas estão sendo registradas em vídeo, afim de gerar um documentário ficcional sobre os Heróis do Cotidiano, dirigido por Antonio Pessoa. 

A execução deste trabalho para a FUNARTE levou ao surgimento de novas ações performáticas, como as "Medit-Ações coletivas", organizadas todo dia 25 do mês em uma Praça Pública diferente, "Soltando preocupações" (realizada no Morro Dona Marta), a ação "Uma dor, uma flor" (Posto de Saúde do Catete) e uma ação que denominamos de Invisibilidade, realizada pelas ruas do Rio de Janeiro, na qual o Coletivo questiona a exclusão social, a partir de uma ação junto a estes que a sociedade chama eufemisticamente de "moradores de rua".

  Gilson Motta
Tania Alice

sexta-feira, 2 de abril de 2010

Convite para MEDIT-ação performática 3


Convite para MEDIT-açao performática 3




O que é?
Isto é o convite para participar de uma medit-açao performática.
A medit-acao performática acontece todo dia 25 do mês no Rio de Janeiro.
Esta é a terceira meditaçao, após as duas primeiras no Largo da Carioca e no Largo do Machado.
Um flash-mob prolongado.
Uma alteraçao do eixo espaço-tempo.
Uma respiraçao diferenciada, que conduz a uma percepçao alterada.
Iremos nos sentar no chao, em posiçao de meditacao, e meditar. 
Só isso. Sua presença é fundamental.

Quando? Onde?

Domingo, dia 25 de abril, as 16 horas, no gramado na entrada do Jardim Botânico.
E possível chegar atrasado, se sentar e participar. E possível ficar mais tempo do que o tempo estipulado.

O que faremos?

Simplesmente sentar e meditar. Sentar com as pernas cruzadas, com os olhos abertos.
Fixamos um ponto e estabilizamos a mente. Paramos de reagir de forma condicionada.
Ampliamos nossa liberdade. Nos apropriamos do espaço público. Nao fingimos que meditamos. Meditamos mesmo. Percebemos o que acontece à nossa volta. Mas nao reagimos.
E possível...

Quem?

No Rio de Janeiro, esta açao faz parte de um conjunto de açoes desenvolvidas pelo Coletivo de Performance "Heróis do Cotidiano", que foi contemplado em 2009 pela FUNARTE com o Prêmio Artes Cênicas nas Ruas.

Porém, além deste grupo, a iniciativa é uma iniciativa coletiva, de todos que querem paz, luz e que acreditam também que o espaço publico nao precisa ser funcionalizado. Pertence a todos nós.
Portanto, todo mundo está convidado.

Apoiadores no Rio de Janeiro:
www.unirio.br
www.cebb.org.br
www.falundafa.pro.br

Participem dessa experiencia!
Quem quiser documentar (fotografar, filmar) será igualmente bemvindo.

Por favor, divulgem este e-mail para todos os seus conhecidos. 
Quanto mais gente, mais interessante será!!!

Informaçoes: heroidocotidiano@gmail.com


Matéria do Jornal "O Globo" sobre os Heróis do Cotidiano

quinta-feira, 1 de abril de 2010

Intervençao no Posto de Saúde do Catete

1. de abril, Posto de Saúde da Silveira Martins. Missao: "Uma dor, uma flor".
Entrada da liga em camera lenta. Flores para todos os visitantes do SUS.

"O trabalho do artista de performance é basicamente um trabalho humanista, visando libertar o homem de suas amarras condicionantes, e a arte, dos lugares comuns impostos pelo sistema. Os praticantes da performance, numa linha direta com os artistas da contracultura, fazem parte de um último reduto que Susan Sontag chama de "heróis da vontade radical", pessoas que nao se submeteram ao cinismo do sistema e praticam, à custa de suas vidas pessoas, uma arte da transcendência".

RENATO COHEN, Performance como linguagem





No caminho de volta, realizou a acao de gerar visibilidades.


segunda-feira, 29 de março de 2010

heróis na dona marta, 2/03/2009

Baloes na Dona Marta: mandando preocupaçoes para o espaço. 
MISSAO: anotar as preocupacoes dos moradores em papelzinhos e enviar a preocupaçao (nao o problema...) para o alto.



MISSAO _ GERAR VISIBILIDADES



Como escreve Foucault, a sociedade contemporânea é dominada por dispositivos que controlam os fluxos e espaços, conforme as exigências da lei do capital. Nesse contexto de controle exercido pelo que o sociólogo francês chama de "biopoder" são geradas visibilidades determinadas, com o objetivo de acrescer o consumo e de perpetuar um sistema instaurado pelas políticas vigentes.
Este estado de fatos vai gerando zonas de exclusão, que segmentam o espaço urbano, nas quais existem formas de vida próximas do que o teórico italiano Agambem chama de "vida nua", isto é, uma vida reduzida ao mínimo,  próxima da vida automática, ignorada, anônima, desconsiderada.
Nestas zonas de exclusão, encontram-se os eufemisticamente denominados "moradores de rua", sem condições de higiene, de alimentação e de saúde.
Observa-se, que, se o homem contemporâneo é naturalmente entorpecido, necessitando sempre mais emoções fortes para acordar, diante da proliferação destas situações de "vida nua", o olho fica mais do que entorpecido: cego. 
E é assim que diariamente, passamos em frente dos moradores de rua, moradores estes que nosso olhar já coloca novamente em situação de exclusão, porquê além da situação em si, há o olhar sobre ela, que a gera, a constrói e a perpetua.
A performance chamada "Poder da invisibilidade" atualiza o questionamento sobre a exclusão, provocando um estranhamento do olhar diante do herói deitado ao lado de um "morador de rua".
Quem é herói? O "morador de rua" que, dia após dia, enfrenta dificuldades extremas para a sua sobrevivência ou o aquele que, dentro de seu escritório, toma decisões que irão conduzir a gerar mais pobreza e miséria sendo, porém, considerado como um homem de sucesso?
A performance não propõe resposta a este respeito, mas, provocando o deslocamento do olhar, mas se coloca como um lugar de resistência, uma linha de fuga - para citar Deleuze -, para além das visibilidades e dos dispositivos tradicionais.
Essa visao do fazer artístico como prática de resistência, como linha de fuga é fundamental no entendimento do trabalho do Coletivo como um todo, e mais especificamente, nesta açao.
Tania Alice

MISSAO_FAXINA NAS ESTATUAS: 09/03/2010

Limpeza de estátuas:
Mahatma Gandhi, Francisco Serrador, Getúlio Vargas, Juscelino Kubischeky, Carlos Gomes, Paulo de Frontin. Local: Praça Floriano Peixoto ou Cinelândia, Rio de Janeiro.

PRIMEIRA INTERVENCAO NA FAVELA DONA MARTA: 02/03/2010

Intervenção da Liga de Heróis no Morro Santa Marta, em Botafogo. Chamado: descobrir as capacidades de ser afetado e de afetar um determinado espaço. “Triste um país que precisa de heróis”, escreveu Brecht. Triste, então. E os heróis, necessários? Primeiros sentimentos, pensamentos: o que pode um herói neste preciso contexto de dificuldades sociais, econômicas, de saneamento básico, de esquecimento generalizado? Como ocultar a dimensão cotidiana por alguns segundos quando ela pesa com toda sua carga nos ombros dos moradores? Que capacidade de gerar uma realidade outra, nem que seja por instantes? A poesia é possível diante da vida nua? No morro ou favela – o politicamente correto impõe o irônico eufemismo “comunidade” para este espaço -, o que pode o herói? Buscamos descobrir, sentir, ver. Nos deixamos afetar, tocar pela realidade do espaço. Buscamos simplesmente sentir. Como extrair uma poética a partir de tal experiência? Para obter pistas, realizamos entrevistas dos moradores. Descobrimos que há falta de água, presença de ratos, invisibilidade geral. Descobrimos que a pacificação foi fundamental para que se possa “começar a pensar em outra coisa”. Fomos ao ainda mítico “Largo do Michael”. Realizamos, junto com as crianças da comunidade vindas para conhecer os Heróis, a coreografia heróica na mesma laje onde Michael Jackson filmou o vídeo clip da música “They don’t care about us”, em 1996. Do they care about us today? Esta é a questão. Voltamos duvidando uma vez mais do sentido de nossas ações, pensando no que poderia ser percebido como um espaço de jogo dentro de ume espaço do esquecimento. Não encontramos resposta. Por isso mesmo, resolvemos voltar.
Clip de Mickael Jackson: